Li/Vi na Internet e divido com vocês
Velhos Filmes, Emoções Novas
Os artistas podem
ter diferentes pais e mães mas todos eles têm o mesmo tio – o tio Vira, conhecido
na pressa como Ti´Vira, ou te vira.
E Virar-se,
tirar leite de pedra, criar em cima de circunstâncias longe de ideais é o que
fazem [conscientemente ou não] os rapazes do Frame Circus.
Apesar do
nome, esse grupo de músicos é brasileiríssimo. Compõem-no os artistas Paulo
Beto, Maurício Fleury e Tatá Aeroplano. Fazem músicas para antigos filmes
mudos.
O resultado é
a revitalização de antigos celuloides [muitas vezes esquecidos] provando mais
uma vez que cinema é áudio e visual, e que o áudio vem primeiro na palavra e
talvez no fato.
O clássico Annabelle, de Thomas
Edison, ganha nova dimensão. A dançarina gira, flutua no ar e na música eletrônica
do Trio e na medida em que a dança evolui torna-se densa, quase apocalíptica. O
mesmo com a doce Alice
e com o Inferno.
É uma forma curiosa de resolver uma contradição
dos tempos: meios de reprodução cada vez mais simples e baratos, permitindo a
difusão do conhecimento e da beleza a velocidade alta e preços baixos, e leis
cada vez mais duras cerceando ciumentamente a difusão do conhecimento e da arte
em nome dos direitos autorais. O Frame Circus trabalha com filmes já em domínio
público, fazendo arte com o que pode.
E fazendo o
que se pode, talvez se faça o que [parece] impossível. Com vocês, os
brasileiros do Frame Circus.
Boa Semana.
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