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Um
dos videoclipes com esse nome [gravado
pelos estúdios Pathé nos inícios de 1964] se perdeu - tendo inexplicavelmente
reaparecido por três dias no Youtube em 2010 antes de ser apagado de vez. Os Anjos do Paraíso se passa
[esperavelmente] em tom branco e fora do Tempo. Seu enredo [de
ingenuidade reconhecida (quase) com unanimidade pela crítica] baseia-se na
vinda à Terra de Anjos – curiosos anjos [na verdade anjas] de terninho [cara de
adolescente e algumas espinhas] no
meio dos loucos anos 1960.
Os
seres extraterrenos se horrorizam com os costumes da época – os homens de
cabelo grande e as mulheres de calça comprida. Um casal de dançarinos [em
frente a motivos geométricos na parede] dançam [semelhantes a robôs] o rapaz sério
como uma estátua de Apolo [por um
tempo indefinido e sob uma luminosidade onipresente] até que
os anjos [sérios] os sentam em cadeiras [com o tom de quem vai lhes dar sermões
por aquela inversão estética] e o clipe termina.
Tal
peça [de resto pouco conhecida] gerou uma barafunda de interpretações de
qualidade nem sempre total: os anjos de terno representariam a busca da reprovação do outro [com uma
minoria afirmando que seriam os perigos da Hiper-pureza].
Outros que o clipe consistiria em verdadeira Ode à indecisão, tendo em vista o
clima de expectativa que o perpassa.
A
única coisa certa é que as anjas seguem uma moda tolamente ultrapassada com seus
terninhos – o que reafirma [de certa forma] seu caráter de não ser deste mundo.
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