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Jean-Jacques
[dizem] tomou um barco. E o fez [bem à sua maneira] não por nenhum desejo de
aventura, mas porque amou seu nome La Belle
Jeune Femme [a linda garota]. De fato, a ausência de seis meses e vinte e sete
dias nas suas Confissões referentes a
1739 sempre motivou embaraço dos
estudiosos e alguns artigos envergonhados nos boletins anuais da Maison Jean-Jacques na Grand Rue de Genève.
Hoje
se sabe [não com certeza absoluta] que o navio [após um tempo recorde de dezenove
dias e meio] levou o [então] jovem vagabundo
a uma terra que a Jean-Jacques [nas pouquíssimas menções a respeito] contemplou
como pintura [uma paisagem com o céu sempre
esgarçado por nuvens
fracas].
Não
surpreendentemente, o tom geral da Terra esverdeava
[das matas] porém [ao contrário do que se poderia esperar] o sol não esbraseava
– para Jean-Jacques, a nova terra parecia sempre em crepúsculo [um fim-de-dia dos trópicos].
Pouco
se sabe o que fez lá [embora (por seus gostos nas Confissões) possa-se adivinhar que caminhou e remou em lagos]. Pouco
ligado à pura contemplação estética [um Apolo
às avessas] dizem [sem ajuntar prova alguma] que os Espíritos daquela Terra
[quem quer que fossem] o curaram dos males da Busca da Fama e da Hiper-retidão, enchendo-o de estranha
euforia.
São
sempre contestados pelos que afirmam [com a mesma paixão e sem prova alguma]
que Jean-Jacques Rousseau nunca veio ao Brasil.
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