No
seu absolutamente esquecível C´étaient
les poilus! – Eram os pracinhas! [na
verdade um amontoado de frases que visa dar uma luz nova à batidíssima Primeira Guerra Mundial] Pierre Stéphany
joga [talvez por acaso] a forte frase: a Chuva
de um Verão Podre [p. 132, Ixelles, 2014].
Mais
banal do que possa parecer, a frase se refere às condições [tétricas] nas quais
os generais [sempre eles] jogaram ondas e ondas de soldados em uma carniceira que
os historiadores dignificaram como o nome de Batalha do Somme.
Forte
que seja, não prima por ser original. De fato a primeira versão do Im
Westen nichts neues [que ganhou o ruliúdiano nome de All Quiet on the Western Front] tem [quase exatamente] o mesmo título: Chove em um Verão Podre.
A
História [absolutamente familiar para quem já leu um livro sobre as
trincheiras] tem um pouco de originalidade na sua luz que semelha eterna noite [na verdade uma estranha luz violeta], além de uma [pouco menos que
irritante] calmaria no ar: nem
uma folha se dobra. No mais, as mesmas histórias de jovens [com um (compreensível) medo do futuro] que se criam
deuses da firmeza [tipo Thor] convictos
de uma suposta razão e que [depois
de muitas balas, muitas covas e alguma culpa]
se descobriam apenas jovens, e com medo.
A
primeira rodagem do filme [compreensivelmente] não veio a lume. Os produtores
preferiram uma versão adocicada – que afinal não mudou muita coisa. Desgraçadamente,
a bela frase se perdeu.
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