As
Histórias sem fim abundam pelo
Universo [de fato, os filmes e revistas de cores as popularizaram]. Das histórias
sem começo [por outro lado] pouco se fala. Uma delas [constante em certa tradução
das 1001 Noites, de Burton (e que
depois se descobriu falsa)] refere-se [sem surpresa] a um Mundo [ou melhor, um
Tudo] completamente branco, antes do tempo. [Como seria de
esperar] A história [a qual tem sete nomes, uma forma delicada de dizer que não
tem nenhum] começa sem começo – na verdade no seu meio: uma menina caminha fora de casa antes do sol nascer [uma situação assustadora típica
dos contos de fada]. Uma
[esperabilíssima] neblina a
envolve – uma maneira mais que óbvia de representar o medo do futuro.
A
menina inocente [e todas as meninas inocentes (de outra ou uma forma) seguem o
arquétipo de Maria] caminha, e caminha
– encontra pescadoras, moleiros e até uma fada - sem que nenhum deles lhe
represente uma real surpresa. [De
fato, o único momento mais chocante ocorre quando uma preguiça sem dentes lhe
adverte dos perigos da Gula (admoestação
no mínimo curiosa já que a garota, em toda a história, não põe nada na boca)]. O
enredo [obviamente] apenas cessa, sem fecho.
Críticos
afirmam ser tal história uma metáfora da vida e sua eterna continuidade
desprovida de sentido. Críticos dos críticos afirmam que tal interpretação
apenas nobilita uma lendazinha boba.
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