AS HUMANIDADES SERÃO DIGITAIS OU NÃO SERÃO NADA, diz Laura
Borràs com o doce radicalismo dos recém-chegados.
Recém-chegada não somente ela, mas todos os que anteveem uma
literatura ou arte feita no computador e que só possa ser apreciada no
computador.
Tem currículo. É diretora do talvez único centro
universitário do mundo a estudar a literatura digital, o Hermeneia, na agora semidestruída-pelos-bancos Espanha. E apesar ou
por causa, de nada sabe – o futuro, sabemo-lo na medida em que for acontecendo.
Fundamenta a distinção entre literatura digital e
digitalizada. Ler as Memórias Póstumas em pdf, além de bom gosto, é literatura digitalizada,
não digital.
Pode-se dizer: a literatura digital será o futuro, ou não
será nada, e essa incerteza já é característica dela.

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