Carl
von Clausewitz [o pai] por toda sua
vida procurou a decisiva batalha.
[Procurou-a (forçoso é dizê-lo) nas suas aulas e livros – dos campos mesmo,
manteve-se (prudentemente) afastado]. Carl von Clausewitz [o filho – na verdade
com uma serviçal] encontrou-a.
E
encontrou-a após [não pequena] busca. Carl, o filho [um sujeito dramático que gostava de se vestir sempre com
detalhes violeta] via todos os detalhes da
vida como um prélio – desde a namoradinha do bairro até a fila para o copo d´água.
Isso [previsivelmente] lhe gerou algumas marcas de punhos no rosto, conflitos que
enfrentava com a sobranceria [não a
mesma força] do deus Thor.
Em
certa batalha da guerra franco-prussiana [dizem alguns que Sedan, outros Malmédy],
Carl, o filho, achou seu momento. [Já beirava a velhice
sem desesperar de que chegaria]: dignamente envolto em neblina [o que aumentava sua desorientação de que horas eram] o
tomou da lança [alguns falam em cavalo branco porém tal se pode considerar (não
sem alguma razão) como excesso de romantismo] e com [não pequena] exaltação esporeou
e jogou-se sobre uma pilha de inimigos.
[Inevitavelmente]
nunca foi encontrado. E a batalha [na verdade] já se encontrava ganha antes de
seu sacrifício heroico. Quanto ao pai, já se fora havia muito para os anjos ou
ao outro lado, e nada viu. Falam [sem surpresa] de que Carl, o filho, carregou à
frente com um sorriso – embora até isso seja incerto, pois sua séria euforia engolfava qualquer sentimento.
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