Ramón,
Jiménez, Luís Miguel y Pablito estrearam a 30 de julho de 1960 [a terceira página do Correo del Sur de Antofagasta não deixa
dúvidas a respeito]. Se é que se pode chamar aquela apresentação em Teatro de
província de uma estreia – não faltaram as alegações de que a cortina [de
estranha cor violeta] estava rasgada e bêbados
vomitaram em algumas cadeiras [talvez para maior dramaticidade].
O
fato não teve importância na época [e, na verdade, continua sem ter]. Anos
depois uns [poucos] lennonmaníacos esbarraram
com alguns títulos das canções que o
quarteto hispânico tocara: El Submersible
Amarillo, Lúcia em el Cielo com Diamantes, No puedes me comprar amor e uma
esperável Miguella [com detalhes em
francês].
Não
faltaram as tradicionais hipóteses de metempsicose temporal, seitas diabólicas,
uma [mais fria] de compra de músicas, além de uma inevitável de conspiração da
CIA. À falta de evidências, multiplicaram-se as descrições do tal dia: teria
sido ensolarado, no horário
bem pouco roqueiro das oito da manhã;
os jovens levantaram a euforia da pequena plateia, e um deles
[provavelmente Ramón] com a cabeça firme
e estetizada de um Apolo teria
afirmado que seu grande objetivo era a fama.
É
claro: não a tiveram - e [na verdade] ninguém sabe onde o quarteto latino, que
teria antecipado as canções dos Beatles, foi parar. E talvez nem seja
verdadeira a lenda de que John Lennon, ao saber das músicas que supostamente
teria imitado, fez um olhar que a mais de um pareceu de inveja.
Nenhum comentário:
Postar um comentário