Aquele
que em dialeto samoiedo-euxino se chama Kmhortithdsion
[e que foi (pessimamente) traduzido como Malasher,
Moishier ou Moisés] viveu [dizem
invariavelmente] há muito tempo. [É claro que que a precisa definição sempre
falta – as últimas correntes radicalizam e dizem que tal expressão significa Antes
do Tempo].
Estranhíssima
história de fada, a vida
desse mítico Moisés tem uma relação de
diferenças e semelhanças para com o hebreu. As parecenças são óbvias: esse
antigo líder de certo povo do Ponto Euxino [pois ele alegadamente o era] é
sempre representado com uma túnica [embora de listras negras e salmão]; sempre aparece em esperável crepúsculo sob convenientes nuvens de tempestade; com
uma barba grisalha de no mínimo dois
palmos; e com um semblante de ira contra um
certo inimigo [que, ao contrário dos egípcios do outro Moisés, nunca se soube
bem quem era].
As
diferenças, no entanto, sempre sobressaem: o Moisés caucásico nunca se pretendeu precursor de Cristo nenhum; seu semblante [embora
pretendesse infundir terror] inspirava
[quando muito] piedade; e o desajeitamento com o qual aparece nas [poucas]
gravuras sobreviventes mostra que, por trás de um cenho de eterna crítica ao outro, transparece
um sentimento de quase piedade por si e por todos os seres do universo [o que
se torna irrelevante se esse Moisés (como é bem provável) nunca tenha
existido].
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