Nunca me gustó la
Batgirl não se tratava [supreendentemente] de um seriado. [Sua reputação no
Brasil não melhorou com a edição saída em Pelotas sob o (mal traduzido) título
de Nunca te amei, Mulher-Morcego]. De
fato, o original espanhol [de autoria anônima publicado em Barranquilla em
janeiro de 1961] não veio inspirado
pela série de TV [que de fato só estrearia cinco anos depois] mas o contrário:
o roteiro de cinema não produzido [pois
era disso que se tratava] teria inspirado os episódios que popularizaram a
frase Santa Conspiração, Batman! e outras congêneres.
A heroína do roteiro fracassado e a da popular série em
muito se assemelham. A mulher disfarçada de morcego veste [em ambos] um vestido
emborrachado negro com inevitáveis detalhes rosa;
seu corpo quase de adolescente brilha
em lutas coreografadas em ambientes claros – de fato, quando está presente
parece sempre meio da tarde com o previsível
sol a cume. Antígona da pancadaria [com uma quase luxúria dos knock-outs] a jovem enfrenta sozinha a bandidos tanto inventivos
quanto maus.
O autor do roteiro a fez anódina – sensual às avessas. Um
caminho óbvio seria fazer dela uma Mulher-gato [esta, hiperfêmea]. Não tomou
esta saída. A Batgirl do roteiro vive uma expectativa [quase infantil] de um
futuro que ela não controla – o que sugere que lhe perpassa [apesar da
valentia] um temor do que
poderia ter sido – ter sido atraente e fatal [no caso]. Trata-se [no
entanto] de suposição, sujeira às idiossincrasias de quem a vê.
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