Jaspion vence. História
de fada do futuro [embora muitíssimo
colocada no final dos anos oitenta] o herói nipônico vive em eterno meio-dia [o sol lancinante] ao qual a
[longe de perfeita] fotografia do seriado dá tons [quase] esverdeados.
Jaspion [o herói; o menino]
combate o Satan Goss. Este [Jaspion às avessas] reúne tudo o que o protagonista
não é: jovem elegante, desempenado, filho do Senhor das Trevas, o Satan Goss tem
um Objetivo [a conquista da Via-Láctea];
um Método [a revolta dos monstros]; e
um Discurso [pagar o Mal com o Mal]. O [quase
simplório] Jaspion não tem nada disso. Ingenuidade exponencial, sua condição de
órfão de outro planeta o faz desconhecer as diferenças entre mulheres e homens [o
que causa problemas quando entra em banheiros femininos]. Não odeia o Satan
Goss [essa falta de ódio, de fato, tem lhe valido a acusação de ser avaro de qualquer sentimento, com exceção de
certa atitude de espanto universal].
aspion tem poder. Thor
dos bonecos de massa, transforma-se em super-robô com o qual invariavelmente derrota
seu inimigo [o qual monotonamente volta no episódio seguinte]. Não guarda [no
entanto] rancor. Sua única emoção [dizem seus fãs] parece certa onipresente expectativa - dizem os mesmos que trata-se
da expectativa de um mundo melhor, embora tal interpretação possa ser [e talvez
seja mesmo] pouco imparcial.
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