A refutação mais tola das viagens no tempo [que também é (desgraçadamente)
a mais sólida] poderia ter sido desconstruída quando dois homens literalmente
caíram por cinco minutos [vindos supostamente do nada] num lugar monótono de um
dia idem, 2 de setembro de 1930, nos campos de Michigan.
Quando os cientistas Douglas “Doug” Phillips e Anthony “Tony”
Newman desabaram sobre um silo [felizmente sem grandes ferimentos] negaram também
a [recorrente] lenda da invericidade dos seriados de TV. Afirma-se que nunca
serão possíveis as viagens intertemporais pois ninguém nunca apareceu dizendo
vir do futuro. No entanto, Doug e Tony
tinham vindo de 36 anos depois. Mais que isso, vieram da série O Túnel do Tempo, um sucesso apenas
mediano da temporada de 1966.
Tal série [quase tão dialogada quanto um romance classe B] tem uma marcante [e
involuntária] identidade na [quase] onipresente cor laranja
dos cenários, na diferença de lapsos de tempo que faz com que, no presente, os
períodos de tempo no passado sejam pequenos,
e no sol lancinante de
quase todos os episódios [a noite pouco parece existir].
Doug e Tony [Tirésias
com visão] predizem o futuro [e obviamente ninguém acredita]. Sua hipergenerosidade [quase de supostos
seres ainda não nascidos] perde
apenas para sua indignação
perante as injustiças do presente [ao qual nunca pertencem].
Dizem alguns críticos que tal série não seria sobre o Tempo
– mas sobre o eterno medo humano
do que poderia ter sido. Trata-se [é óbvio] de visão pejorativa.
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