Tal título [que poderia ser o de um romance de qualidade não exatamente
excessiva] marca um fato [suposta e (segundo os detratores) mitologicamente]
real: a destruição do Reino de Khazyr, em algum lugar entre o Mar Cáspio e o
lago Balkash, lá pelo ano 300 ou
500 d.C. [Uma única menção no terceiro capítulo do Colapso de Jared Diamond não é suficiente para calar os que
acreditam na inexistência de tal país].
Pescadores de salmão,
os khazirianos cochilavam longos períodos
do dia, seus sábios eram tão velhos que pareciam viver depois do seu próprio tempo de vida, suas divindades mais vis e mais
louvadas eram femininas [com os homens a ficar com a mediania] e um vento
plácido percorria suas terras.
Inevitavelmente desprezaram os alertas de que pescavam
demais, dormiam demais e usavam demais as plantas para fazer suas tendas. A
brisa se tornou ventania [tão
lentamente que poucos notaram]. E mais que isso, gelou. Os alertas de que o
frio espantariam os peixes foram ridicularizados.
Depois de seu desaparecimento [esperavelmente] sobraram explicações.
Os Khazyr teriam sofrido por seu excesso
de generosidade – mesmo sabendo que pescavam demais, queria ver todos
comendo muito e felizes. Marias em forma
de povo, pensavam no outro, não em si.
Outra razão [menos honrosa] aponta para a indiferença – sabiam que corriam
ao fundo, mas [conscientemente] não ligavam. Por sua semelhança com situações
posteriores, tal explicação não bate recordes de popularidade.
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