Motoqueiro Mundo, Mad Max,
Tássia [e te chamarás Tássia Mara, a fim de completar a aliteração dos emes].
[Depois da Vaga de Calor de 2096, da Tempestade de Frio de 2141 e da Guerrilha
Digital Neutrônica de 2201 a 2207 não resta de São Paulo senão a lembrança e as
ruinas. Fêmeas motoqueiras cruzarão o planalto salpicada de arbustos e metal
torcido – couro negro, pontas nas pulseiras e as cilindradas a despertar os
poucos machos que restaram.
Serás líder [Tássia] admirada pelas
jovens novatas e temida pelos outros bandos. Teus olhos castanho-negros me
perceberão a me esgueirar entre as paredes calcinadas de alguma velha pizzaria
- serei tua presa. E quanto pensar que consegui aparecerás na minha frente
[inteira, mãos na cintura e cabelo negro] e perceberei que não terei
escapatória.
Não terei escapatória a não ser te
seguir [humilde serviçal] – e tu determinarás se vai ser em algum resto de
oásis ou em campo aberto – em cima da moto, as outras em volta, a olhar entre
curiosidade e desejo de saírem à caça das suas próprias presas.
E te seguirei obediente na garupa da
moto [movida a combustíveis fotônicos depois que os fósseis se tornaram
história]. E serei escravo, capacho e rei – nas vezes em que o poder te
entediar e quiseres mudar de posição. Cuidarei dos bíceps e peitorais para ver
teu olhar de orgulho diante do olhar de inveja das outras líderes.
E o Mundo será Motoqueiro
[Tássia] Mad Max, tu e eu.
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