Natacha Rostov Talvez [ou
alguma outra, quem sabe? Não, és única]. Te amo. E decididamente nisso não
estou a reivindicar originalidade. És grande, Natacha Rostov. Ou nem tanto: começas
pequena – treze anos, cabeleira preta [estranhíssimo para uma russa – estaria
Tolstoi a insinuar que és brasileira?], mais graciosa do que bela. E no
decorrer de tantas guerras e pazes no Guerra
e Paz tu cresces. Passas de Napoleão [esse sim pequenino, e não só fisicamente]
e de toda aquela coorte de generais russos ou franceses que só são lembrados
por alguma aparição casual no teu romance.
Natacha Rostov Talvez Te Amo
– não, tira esse qualificativo de dúvida, amo mesmo, vera-de: Amo Te capitão de
cavalaria como o tal Denissov, viúvo amargurado como o Príncipe André, jovem
aloprado como Pedro Bezukhov, até castamente como o irmão entusiasmado Nicolau
Rostov; Amo Te funcionário público do Poder Legislativo, Blogueiro de motocas Harley Davidson e jaquetas Hell´s Angels, Amo Te Pastor de ovelhas
na Eritreia ou no Ribatejo.
Natacha Rostov, Talvez. Te
amo e és dúvida, todas as dúvidas da existência subsumidas em uma mulher: O que é o Verdadeiro Amor? Há um sentido
para tudo? Esse jeans verde realmente cai bem? O Corinthians conseguirá o Tri? Dúvidas,
Natacha, e não pergunto a Tolstoi – somente olho teus olhos, e tudo responde,
até os olhos.
Natacha Rostov Talvez te
Amo, e talvez, sem Talvez Nenhum.
Nenhum comentário:
Postar um comentário