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sábado, 11 de agosto de 2018

Ode ao Sexo sem Amor


Cantemos, Tássia, o Sexo sem Amor! [Berremos, louvemos, façamos campanha pelo Facebook!] O sexo sem elos, sem anelos, sem lingeries e sem endereço na agenda eletrônica. Cantemos as faces que balançam em ritmo muito próximas uma da outra, a roçar sem se beijarem, pois beijo é pessoal demais. Cantemos as dúvidas, hamletianas ou não [o nome dele é João Ricardo ou Pedro Ernando?]

Exaltemos [Tássia] os bares de solteiros da pesada, onde só vai quem quer se dar [segundo afirma o vulgo] bem. Os letreiros de neon, as altíssimas cadeiras de bar na qual as saias devem ser muito bem ajustadas para não mostrar a roupa por baixo ou a ausência da mesma. Ergamos a elevado recinto as cantadas originalíssimas [Você vem sempre aqui? ou E aí, gata?!] enquanto as verdadeiras gatas, injustiçadíssimas [sabe, aquelas de quatro patinhas, rabo felpudo que esfrega nas pernas da gente em mesa de boteco vagabundo] são reduzidas a comer peixe de ontem no beco atrás da boate por onde poreja o sonzão de BB King ou Tim Maia].

Celebremos [Tássia] as festas only para casais, os clubezinhos privé onde quem chega à uma da manhã é cedo, os labirintos eróticos [exigindo um dicionário especializado para saber de que raio se trata] e nos quais a mulher em comemoração muito especial das bodas de prata vai elogiar a competência do cara e descobre que na confusão acabou por realizar com o próprio marido.

Cantemos [enfim] tudo isso, Tássia – e você se chama mesmo Tássia?

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