
Caspar David Friedrich pintou paisagens e – dizem – melancolia.
Nem tanto – mais que melancolia, pintou sua vida, de baixos e altos. Romântico na
arte e na vida fora dela.
Em suas paisagens o homem é um detalhe. Observador
abestalhado diante da ferocidade e da beleza da natura. Às vezes o observador
nem existe no quadro - somos nós.
O naufrágio do Esperança marca o fim da própria, trazida
pela Revolução Francesa aparentemente vencida pela reação pós Waterloo. É o que
dizem uns intérpretes.
O gelo esmaga o navio. Impessoal, zomba do humano. Humano,
amargo e romântico Caspar David Friedrich.
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