Li/Vi na Internet e divido com vocês
Hipnose, versão
pós-moderna
A Performance
Audiovisual (Pav) mistura. E mistura tudo. Epígono da geleia geral, nela batem
ponto a escuridão e a luz, o som suave e o abrupto, a tecnologia e a
sociabilidade. (Afinal a boa Pav não é gravada – o artista tem de estar lá osso
e carne nos controles, o público a vê-lo).
Difícil
defini-la e melhor não tentar. Costumam apresentá-la em bienais de arte – principalmente
naquelas que ostentam a mágica palavra digital.
Consiste em uma sala quase sempre escura, um público na incerteza do que vai
ver, um ou dois performers no comando
de uma mesa eletrônica – e súbitos sons e imagens em ritmo se projetam sobre
uma tela.
O Brasil diz
presente na Pav – entre eles o meu velho professor Fernando Velazquez.
Escolhi um trabalho do também brasileiro Raimo Benedetti (que um portal definiu
como um low-tech geek – talvez uma saída
para geeks terceiro-mundistas).
Raimo trabalha
(em parte) com formas quadrangulares – o que se vê na segunda parte (Métricos) da performance Modulações
- Modulazioak que produziu com o basco Xavier Erkizia. Trata-se de um
trabalho soft como geralmente são as
produções de Raimo, sem sons agressivos. Chama a atenção a qualidade hipnótica
da primeira parte, denominada Barras.
A Pav junta elementos
do pós-moderno. Pode-se discutir seu conteúdo – o que ela quer transmitir, e
mesmo se ela quer transmitir. Como
(quase) tudo na tecnologia audiovisual, ela puxa sempre para o presente – e faz
especular sobre o futuro.
Até domingo!
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